Autorretrato social


Tal como um artista pinta em uma tela, a sociedade projeta a sua imagem sobre o homem (a sua unidade estrutural e funcional). Essa interação por meio de elementos antropomórficos garante maior verossimilhança à representação. Enquanto qualquer outro anteparo seria passível de grandes distorções que falseiam a realidade.

De fato essa humanização de eventos, instituições, valores e crenças ocorrem notadamente por meio de mártires, ícones e líderes (a exemplo: os chefes de Estado e de Igreja). Mas o peso intencionalmente atribuído a eles dá à ilustração proporções contrastantes ou mesmo caricaturais, as quais devem ser evitadas por quem busca a Autenticidade.

Por isso essa Autenticidade, como em uma pintura, é encontrada quando ao se olhar para a grande obra puder examinar os detalhes, neste caso, o homem social. Logo simples cidadãos são o nítido reflexo de uma complexa sociedade.


Essa ótica assemelha-se à premissa adotada pelos humanistas que propuseram o homem como razão e medida de tudo. No entanto seu valor é ampliado no campo simbólico ao colocar o homem também como o objeto, como a imagem e como o próprio meio de interação social.

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