"...São tantas emoções"


A procura por coisas que nos fazem sentir bem motiva tudo que fazemos. Desde comer chocolate ("come chocolates pequena come chocolates") a sair de férias. Mas como as coisas nos proporciona prazer? O objetivo supremo que a mente foi projetada para atingir é a maximização do número de cópias dos genes que a criam. Assim, tudo que é, ou foi, benéfico ao longo da evolução para propagação de seus genes proporcionará um bem estar no seu organismo. Por exemplo, o que nos atrai não é o carboidrato presente nas batatinhas fritas, mas a gordura da fritura. Animais precisam de gordura para o funcionamento celular, e é difícil obtê-las na natureza. Os genes que condicionavam maior satisfação na digestão de alimentos gorduras sobressaíram na pré-história. É uma herança dos tempos em que não éramos civilizados e a alimentação era escassa.
O objetivo microscópio das células de replicarem seus genes condiciona os objetivos macroscópicos dos seres vivos. O desejo sexual não é uma estratégia das pessoas para propagar seus genes. É uma estratégia das pessoas para obterem prazeres do sexo, e os prazeres do sexo são a estratégia dos genes para propagarem-se.
Tanto interessante quanto é que os homens, diferente dos animais, conseguem ter uma relação de planejamento com o tempo para obter recompensas emocionais. O ser humano dificilmente vive de momento a momento, esperando prazer imediato. Ao contrário, cria estratégias complexas a longo prazo para obter ou prolongar determinado prazer. Trabalham penosamente o ano inteiro para poupar dinheiro para duas semanas de férias ao sol. Um final de semana regado a festas não é para aliviar uma semana de trabalho duro, o trabalho suado da semana é para proporcionar os prazeres do final de semana.

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